Ônibus Particulares 9B83 em Pinhalzinho por Lucas Amorim - ID:11766328

A empresa tem alguns ex-Sogil, mas são MBB

Que ano são?

2010/2011

https://onibusbrasil.com/lucasamorim/11766282

A Sogil usa os carros até o bagaço, mas ainda desfaz "em tempo" de usar pra outro mercado. Mas a frota metropolitana do RS é muito antiga ainda, com muitos carros 2007 e 2008 rodando. Uma empresa dessa aqui, se "atrevesse" a ter pelo menos um carro de 2008, pra fazer linha de PAX, a prefeitura descredenciava ela na hora. Tá governo com rigor, tanto que desativou todos os carros 2014, 2015 e 2015/16, pra deixar somente de 2017, até aqui rodando. De Brasília pra cá, vejo que o pessoal segue a risca essa questão de tempo de uso.

Vim de Cachoeirinha-RS pra morar aqui no norte do Brasil, a Vicasa foi empresa de minha infância, mas era notório o tanto de carro velho e vencido (aqui o pessoal diz carro vencido de ano, pra rodar no sistema de transporte público), que a empresa e as empresas do entorno de POA tinha/tem. Por aí, tem a Jotur (que outro dia, vi um comentário dizendo que ela é refugo de carros usados de todas as empresas do Brasil), certo?

Placas IUH e IUI*

Aqui no estado temos vários exemplos de empresas que utilizam ônibus mais antigos em suas operações. Empresas essas que já foram referência no quesito renovação de frota no passado. Cito a Verde Vale, que lá por 2009/2010 tinha a frota com idade máxima de dez anos e que agora seu veículo mais novo possui doze anos de uso!

A Biguaçu adquiriu alguns usados para renovação de frota, bem como a Jotur, citada por você. No caso da Jotur, para ser mais específico, eles tem adquirido carros dos anos 2010 a 2015 em 'tudo que é canto' mesmo, mas fazem uma reforma grande e deixam os veículos bem ajeitados para rodar.

Vale destacar que as duas últimas situações que mencionei visam reduzir idade média da frota, trocando carros de vinte anos por carros de dez anos. Melhor seriam novos né?

A meu ver, aqui no Sul tem ocorrido uma evasão do transporte coletivo (talvez pela renda média mais alta), o que faz com que exista um problema de demanda em algumas linhas ou sistemas. Na maioria dos municípios, as prefeituras já subsidiam (parcialmente ou integralmente) o serviço. No intermunicipal isso ainda não ocorre.

No passado, ônibus daqui eram vendidos para Norte e Nordeste do país. No momento a situação inverteu: muitos carros descendo da Bahia e Pernambudo, por exemplo, para operarem mais alguns anos por aqui. Vamos aguardar os 'próximos capítulos'!

A questão dos subsídios da prefeitura, também se aplica aqui, afinal, transporte coletivo de PAX não é rentável, é só prejuízo, logo, tem prefeituras subsidiando as empresas para elas não irem embora da cidade de onde detém a concessão de "rodagem", Uber e os outros apps de mobilidade, também vieram pra quebrar o sistema...

Renovar com carros usados de bastante tempo de uso, é um escracho, mas, não é algo que vem só daí. A empresa daqui (única até então, JTP Transportes PVH-RO), quando entrou renovou com novos e usados (6 anos na época, a idade dos usados, completam 10 esse ano).

Em novembro último, ela apresentou 24 Vips IV (ex-RJ) mas bons de ano, entre 2020 e 2021, mas o prefeito não gostou (ficou descontente quando descobriu que os carros eram usados) e deu um ultimato para ela: "ou traz carros novos ou descredencio vocês de rodarem aqui". A empresa, pra não perder a concessão, vai trazer 50 Vips V em OF-1721 E6. Além disso, exigiu que a empresa retirasse todos os carros usados, entre 8 e 10 anos (40 carros no total, fabricados entre 2014, 2015 e 2015/16), baixando a média da idade da frota, ou seja, o carro mais velho que temos aqui, é ano 2017 e também ex-RJ (Vip IV).

Acho que vai virar "tendência", prefeituras bancarem as contas das empresas, cada vez mais, como disse, transporte coletivo de PAX deixou de ser lucrativo e o negócio é piorar cada vez mais.