Viação Verdun 71246 em Rio de Janeiro por Donald Hudson - ID:2744845

Além das inúmeras variedades que tínhamos né ? No caso do vale de papel, ele apareceu um pouco mais tarde, apenas em 1985, pois esta imagem assim como todas do Sr. Donald feitas aqui no Brasil são de 1982, mas o embarque traseiro era praticamente em quase 100% da frota urbana, com a exceção de alguns poucos micros que existiam na época!

Jhean,o primeiro disco do Gabriel veio em 1993 de fato,mas eu tenho uma ligeira lembrança de o clipe referido,de uma das faixas do álbum,ser produzido só em 94.

Em 94 foi a transição dos padrões visuais dos ônibus cariocas,por isso é que vemos Gabriel correndo para entrar num GLS da Amigos Unidos,de crachá e numerão,e quando está dentro,é um Torino LN da Verdun,do padrão antigo.

E se me lembro bem,Ronaldo,que é o cobrador no vídeo,começou a ficar famoso nacionalmente em 94,no período da Copa do tetra.

Eu lembro desses desconfortáveis currais em 93,e lembro de entrar no veículo,dobrando para a esquerda(para trás)após as escadas,dar volta na traseira e finalmente chegar à roleta.O cobrador ficava à direita de quem entrava,isolado das escadas por um biombo.

O cobrador ficava na mesma posição de sempre da época,virado para o corredor.

Em 1997,mesmo depois de revogado,a Acari ainda tinha Padrons Rio com curral rodando.

Esse aí do link veio depois do curral para trás,polêmico e até trágico.

Estes currais eram horríveis mesmo... Não teve o acidente que ocorreu em um ônibus da Auto Viação Tijuca onde um passageiro carregava fogos de artifício dentro do ônibus e os mesmos acabaram estourando sendo que os passageiros não tiveram nem como escapar direito ? Se não me engano foi em um destes ônibus com curral traseiro...

Foi sim,Leonardo.

Teve,também, a questão das divisórias horizontais das janelas do Padron Rio,que eram mais baixas e depois foram para o mesmo meio de sempre,que era o normal.Hoje em dia,os urbanos do Rio não tem mais divisórias horizontais nas janelas,só as verticais.

Isso mesmo, as divisórias horizontais mudaram de fato!

Leonardo, hoje completa 30 anos daquele incêndio no ônibus CAIO Vitória da linha 233, pertinente à Tijuquinha. Dez pessoas morreram por não conseguirem sair devido à parede divisória (curral) curvada para trás com roletas duplas e também devido às janelas serem blindadas na parte inferior.

Além dos detalhes mencionados, em termos de serviço prestado hoje em dia está bem pior inclusive, pois a linha 239 tem pouquíssimos ônibus em circulação na frota...

Sim,e até cheguei a pensar que a linha estava desativada,junto com a 238,de tanto que eu não os via,na atual crise nos ônibus cariocas.

De uns tempos para cá,o esquema da Verdun,nas linhas do Centro,é carros zerados para a 247 e jogar os envelhecidos dela na 238 e 239.Já nos anos 90,época do Torino GV,238 e 239 tinham frotas compradas diretamente para elas,zeradas,que eram carros mais curtos que os da 247.

Pois é, eu também lembro destas renovações para a dupla de Água Santa! Costumavam ser no chassi 1318... Mas ambas as linhas funcionam até hoje, só que de forma bem escassa infelizmente...

Não foi à toa que o prefeito César Maia aprovou o padrão técnico RIO 1. Em parte, eu gostei dos itens implantados: banco do cobrador voltado para o vidro traseiro com parede divisória reta, roleta simples, saídas de emergência nas janelas direitas, nas escotilhas, Sistema Anjo da Guarda, painel numérico traseiro, letreiros auxiliares no parabrisa e na lateral da porta, janelas totalmente quadriband (abertura nos 4 cantos)
No entanto, os ônibus de motor dianteiro e superbarulhentos continuaram a dominar, com piso alto, portas estreitas. Isto é fácil de compreender pois os empresários gastam menos e o lucro no bolso é muito mais alto.

Exatamente, mas agora existe o novo elétrico na plataforma do OF1721L que apesar da plataforma, o motor elétrico fica no assoalho e o motorista não trabalha com calor do motor ao lado, e possui suspensão a ar e transmissão automática. Porém, não creio que seja implementado em larga escala pelo Brasil talvez...

Verdade.
Leonardo, eu me lembro deste texto: é lucrativo prestar um serviço degradante aos clientes. Quanto menos ônibus nas ruas e mais simples forem, mais alto é o lucro no bolso, não ter de pagar encargos trabalhistas, manutenção e renovação constante de frota, operação e manutenção de ar condicionado e de elevador para cadeirantes, enfim. O serviço é intencionalmente degradante por uma razão fácil de compreender: misturar as finanças corporativas com as finanças pessoais. Ou seja, em vez de usar o dinheiro da empresa para melhorar o serviço, muitos empresários preferem fortalecer a conta pessoal.

Exatamente meu caro! Sem contar que a fiscalização é ineficiente em todos os sentidos, aí vemos o que está acontecendo né ?

É verdade. Sobre as janelas inferiores blindadas que vigorou no RJ capital entre 1990/1991 até março de 1994, este padrão não dá certo no solo carioca. Não apenas devido ao incêndio na linha 233. Principalmente pelo trânsito caótico e também com o fato do RJ capital ser uma cidade muito quente. As janelas inferiores blindadas tornam o ônibus muito mais abafado. Em Salvador, por um período breve, também tivemos janelas inferiores blindadas. Tanto o RJ capital quanto Salvador são quentes demais. Felizmente, as janelas quadriband voltaram, pois vocês não tinham ar condicionado em março de 1994 nos ônibus cariocas.

Pois é, ar condicionado nesta época era apenas nos ônibus executivos, pois janelas que só possuem abertura em cima esquentam cada vez mais, no entanto até a climatização aqui até hoje não foi 100%...

Leonardo, eu vi a reportagem no Jornal O Globo, dia 31 de julho de 1993. Eu obviamente consultei o acervo digital. Eu vi o layout da parede divisória (curral) curvada para a esquerda com roletas duplas. O Julio tem toda a razão de chamar esta parede de desconfortável. Eu imagino vocês naquela época, precisarem fazer uma volta mais longa que o aceitável para entrar no ônibus e pagar a tarifa.

Lembro que o curral não durou muito,e foi abolido ainda em 93 ou 94,mas lembro de uma vez,em 1997,em que embarquei num Padron Rio da Acari,na 254,cujas portas faziam um chiado altíssimo,e tinha curral nele,não foi removido

Sim, era horrível, ainda bem que isso foi logo abolido...

Eu entendo, Júlio. Isto mesmo, Leonardo. O decreto "inteligente" do prefeito Marcello Alencar foi revogado pelo sucessor César Maia e o Maia aprovou o padrão técnico RIO 1, bem mais moderno e mais seguro.

Em Salvador, o prefeito Fernando José aprovou a implantação das paredes divisórias (currais) no ano de 1991. O layout era a parede curvada para a direita com roleta simples. Layout igual à cidade de Juiz de Fora, implantado em 1988. De acordo com os amigos soteropolitanos, os Ciferais Alvorada 1991 com janela longa após a porta traseira foram os primeiros a receber tais currais. Além dos modelos da CAIO, da Thamco, da Marcopolo, os mais comuns na capital baiana. A parede divisória durou até 2015 em Salvador e foi derrubada para implantar o embarque dianteiro.

Falando em prefeito Marcello Alencar-homenageado pelo atual prefeito como nome de um túnel e um viaduto-,ele implantou o primeiro terminal de integração de Deodoro,no finalzinho de 1992 e de seu mandato,e que foi ignorado pelo sucessor César Maia,que o demoliu dez anos depois.

Agora,trinta anos depois,o atual prefeito está resgatando o terminal,que teve sua concepção atualizada,e está prestes a entrar em operação.

Eu agradeço as informações, Júlio.

eu divido uma carga d'água contigo, um xará meu escreveu uma frase nesta fotografia aqui: https://onibusbrasil.com/alexandrebritto/802380

"Bons tempos em que nao existiam os famigerados micrões e a pintura padronizada e as empresas eram tratadas com mao de ferro. Hoje em dia... ''

eu não sei de onde ele tirou esta ideia da "mão de ferro". Desde quando os prefeitos tratavam os empresários com mãos de ferro? Pelo que eu saiba, o transporte sempre foi ruim, apesar de hoje em dia estar muito pior.

Eu concordo com esta frase aqui: é lucrativo prestar um serviço degradante aos clientes. Quanto menos ônibus nas ruas e mais simples forem, mais alto é o lucro no bolso, não ter de pagar encargos trabalhistas, manutenção e renovação constante de frota, operação e manutenção de ar condicionado e de elevador para cadeirantes, enfim. O serviço é intencionalmente degradante por uma razão fácil de compreender: misturar as finanças corporativas com as finanças pessoais. Ou seja, em vez de usar o dinheiro da empresa para melhorar o serviço, muitos empresários preferem fortalecer a conta pessoal.

Com certeza, o serviço de ônibus no Rio de Janeiro sempre foi ruim desde que me entendo por gente...

Não vou dizer que hoje esteja pior, pois já tivemos momentos bem ruins antes, tenho visto que muitas empresas estão se recuperando e colocando carros nas ruas ainda que seminovos. O grande problema é que muitas linhas noturnas não retornaram e as linhas que tinham sido cortadas e estão voltando, retornaram com uma quantidade ínfima de carros, em suma, eu que não vou ficar no ponto esperando uma linha que tem um, dois ou três ônibus circulando, não mesmo.

Colocar um ônibus para circular nas ruas possui um custo, pois há todo tipo de manutenção possível e um determinado número de veículos para circular em cada linha estipulado pela Prefeitura, o problema é que algumas empresas não cumprem com o que a Prefeitura estipula e a Prefeitura por sua vez não fiscaliza como deveria. Mas independente de tudo isso, ainda há empresas que trabalham bem, são poucas, mas tentam fazer a sua parte na medida do possível.

Ainda continuamos com um transporte ruim, falta muito para melhorar, no entanto, quem mais sofre e continua sofrendo desde sempre, são os moradores da zona oeste e de grande parte da zona norte, pois na zona sul, Barra da Tijuca (zona oeste premium), Tijuca (zona norte premium) e em partes o Centro, os ônibus tem circulado bem .

Agora, com "mão de ferro" nenhum governante nunca tratou o transporte, as empresas sempre fizeram o que queriam e continuam fazendo o que querem normalmente.

Não dá para o transporte por ônibus municipal e metropolitano melhorar muito no Rio devido às vans-legalizadas ou não-que surgiram nos anos 90,e também pelos recentes carros de aplicativo.

Aos ônibus,restam poucos pagantes,muitas gratuidades,calotes e eventuais assaltos.

Deve ser semelhante o problema nos trens urbanos(SuperVia).

Sim, as empresas já sabem quais linhas lhe interessam, e outra, do problema lá de trás com o transporte alternativo e que as empresas e a Prefeitura pouco fizeram para coibir, no caso das empresas falta de investimentos para bater de frente, está aí o resultado nos dias de hoje...

A Santa Maria foi o exemplo claro de péssimos serviços prestados e nunca moveu uma vírgula para melhorar em nada o transporte, depois veio o BRT onde muitas linhas se tornaram alimentadoras e o final da história todos sabem...

Outro grande problema é a divisão de receita no bilhete único carioca, demanda tem de passageiros mas receber R$ 2,15 do passageiro que faz integração no bilhete único é um valor muito baixo.

O Sr Gean Teixeira explica a "mão de ferro'' :

RAPAZES, VCS NÃO ME ENTENDERAM: EU DISSE QUE O CÉSAR MAIA TRATOU AS EMPRESAS COM MÃO DE FERRO AINDA NA PRIMEIRA GESTÃO. É TANTO QUE ELE UNIFICOU O PREÇO DAS PASSAGENS E OBRIGOU AS EMPRESAS A RENOVAREM SUAS FROTAS E OBEDECER A LEI DAS GRATUIDADES. JÁ NA SUA SEGUNDA GESTÃO É QUE ELE RESOLVEU AFROUXAR E HOJE ESTÁ ESSA PORCARIA QUE VEMOS HOJE NO TRANSPORTE MUNICIPAL DO RJ.

Outro colega desfez a burrice do Gean Teixeira:
-A gestões do Maia não fizeram bem nenhum ao transporte. Os benefícios que você citou como a unificação de tarifas e o sistema atual de gratuidades foram os principais causadores do crítico estado a que chegou o transporte na Zona Oeste, coroado com a liberação do transporte alternativo. É de conhecimento de todos que a câmara de compensação tarifária prometida na implantação da tarifa única nunca existiu, e o prometido custeio das gratuidades sempre foi problemático. O final da história todo mundo viu né? Mas de qualquer forma, se você não souber, um morador de Santa Cruz pode te contar...


resposta do 2o amigo :
Durante a época dos canarinhos na gestão do César Maia, a linha expressa funcionava muito bem mas aííííí........veio o Conde e a segunda e terceira gestão do Maia afundaram de vez o transporte daqui; houve a implantação do sistema Rio Card em que muito se falou de demissões em massa dos trocadores; os empresários e a Prefeitura disseram que não aconteceria. Foi o que vimos??? O Grupo Breda Rio adquirindo a Oeste e substituíndo TODOS os convencionais por micrões e transformando os urbanos com ar em Intercitys aumentando só a frota dos carros especiais e piorando d+ o serviço urbano.
Isso contribuiu enormemente para dar forças ao chamado "mal necessário" que são as vans.
E será que vai melhorar com a atual gestão??? Fica a pergunta.....

Tudo bem, até concordo sim que o César Maia deixou muitas falhas no transporte do Rio de Janeiro, aliás só tivemos retrocessos ao longo do tempo, mas ser contra a tarifa única é um tanto de sandice né ?

Ou será que preferem pagar R$ 8,60 nos valores atuais de hoje em linhas mais longas dentro da cidade do Rio de Janeiro ?

Eu concordo com o seu parecer, Leonardo. Eu vi as fotografias antigas do Sr Donald Hudson e mostrava claramente as tarifas com preços diferentes. Exemplo; tal linha seria 45 cruzados ou cruzeiros, outra linha seria 50, outra seria 100 e assim vai. Com a atual moeda, o Real, a tarifa do RJ capital no ônibus convencional custava R$ 0,35 no dia 1o de julho de 1994. Eu não sei se em Salvador existiam tarifas diferenciadas no serviço convencional ou todos os ônibus convencionais da capital baiana sempre tinham o mesmo valor, independentemente da linha.

Acredito que ao menos as capitais tinham valores diferenciados em seus ônibus nos anos 90, mas se hoje cada ônibus dependendo da distância custasse um preço diferente por aqui como era antigamente, ninguém ou muito poucos iriam pagar vale transporte aos seus trabalhadores, ou seja, fomentaria o desemprego, pois nem todos tem o privilégio de trabalhar perto de casa.

Leonardo, os empresários já não querem pagar aos trabalhadores vale transporte com a tarifa única. Quanto mais se as tarifas fossem de acordo com a extensão das linhas urbanas.
Tarifas de acordo com a distância dão certo no transporte rodoviário (intermunicipal e interestadual)
No transporte urbano (dentro do município) atualmente não poderia dar certo.

Não mesmo...

Leonardo, atualmente, a tarifa do RJ capital custa 4,30 para todas as linhas convencionais. Se até hoje existisse a tarifa de acordo com o tamanho da linha, seria capaz da tarifa custar 8,60. 12,90. 17,20. 21,50. Você está totalmente certo na sua narrativa: Os políticos iriam fortalecer o desemprego, nenhum ou quase nenhum empresário pagaria aos seus funcionários vale transporte, pois raramente as pessoas possuem o privilégio de trabalhar perto de casa. É verdade o que vocês dizem: os prefeitos do RJ capital cometeram muitos pecados contra o transporte público. No entanto, condenar a tarifa única é uma sandice.

4,30 também é a tarifa do VLT,com integração gratuita pelo Bilhete Único.

Eu agradeço as informações, Júlio. Em Salvador, as pessoas também possuem integração do ônibus urbano (convencional ou BRT) com o metrô através dos bilhetes eletrônicos. O prazo da integração entre os modais disponíveis na capital baiana é de duas horas. Feira de Santana não possui metrô, no entanto, a integração entre todas as linhas de ônibus urbanos convencionais e entre o BRT foi ampliada de prazo: de uma para duas horas.