Arêa Leão Turismo 86 em Teresina por Carlos Aguiar ® - ID:3749673

Agora falta só um pequeno passo para a Marcopolo deter 100% das ações da Neobus. Vamos ver o que vai acontecer quando isso acontecer!!

Falta só um pequeno passo para a Marcopolo deter 100% das ações da Neobus. Vamos ver o que vai acontecer quando isso se concretizar!

Carlos Aguiar ®
Que passo? A Marcopolo não obtem menos de 40% da Neobus?

Trecho da Nota divulgada pela Marcopolo sobre a transação que pode levá-la a deter 100% das ações da San Marino Neobus:

"MARCOPOLO S.A., em cumprimento ao disposto no art. 157, §4º da Lei nº 6.404/76 ("Lei das S.A."), vem informar aos seus acionistas e ao mercado em geral que, nesta data, o Conselho de Administração da Marcopolo aprovou a celebração entre a Marcopolo e a L&M Incorporadora Ltda., controladora direta da San Marino Ônibus Ltda. "Neobus", de uma carta de intenções não vinculante, tendo por objetivo estabelecer as bases e os princípios que regularão as negociações para uma potencial incorporação da L&M pela Marcopolo.

Por meio da Operação, a totalidade das quotas da Neobus detidas pela L&M, que é titular de uma participação de 55% no capital total e votante da Neobus, passará a ser detida pela Marcopolo, que, nesta data, já detém uma participação minoritária de 45% do capital votante e total da Neobus. Desse modo, após a assinatura dos documentos definitivos e o fechamento da Operação, a Marcopolo passará a deter o controle do capital da Neobus".

Caxias do Sul, 03 de novembro de 2015.

Carlos Aguiar ®
E logo agora que o grupo JCA havia encontrado uma segunda carroceria para substituir a Busscar. Tudo em casa. Abraços

Alberto Souza do Nascimento
Mas não acredito que, inicialmente, a Marcopolo venha a extinguir a Neobus. Será um outro produto dela no mercado, onde poderá haver muita troca de tecnologias e uma estratégia muito forte para derrubar as outras concorrentes.
Assim a Marcopolo poderá ocupar a 1ª e a 2ª colocação no mercado nacional.
Obrigado pela visita!

Bonito click, a nota foi bem clara quando cita que as operações permaneceram independentes...

Carlos Aguiar ®
Afinal, acabou acontecendo o que todos já previam. Abraços

Felipe Pessoa de Albuquerque
Sim, amigo, quando falam na Descrição da Operação, Objetivos e Benefícios, a nota diz que:

"A Operação permitirá à Marcopolo consolidar o seu investimento na Neobus, companhia que atua no mesmo segmento da Marcopolo, possibilitando, assim, o aproveitamento das sinergias entre as operações, com ganhos de eficiência e racionalização de custos.

Além disso, as unidades de negócios Marcopolo, Neobus e Volare continuarão a operar de forma independente em termos de rede de comercialização e marcas. A Operação também possibilitará que a Marcopolo e a Neobus desenvolvam suas atividades com maior eficiência, tanto no país quanto por meio de exportações."

Então a princípio tudo continua absolutamente como está. Mas sabemos que o tempo será determinante para uma nova postura da Marcopolo, se essa for mais atraente.

Obrigado pela visita!

Alberto Souza do Nascimento
A Marcopolo detinha, inicialmente, 34% das ações da Neobus; depois passo para 45% e agora poderá chegar aos 100%.

Eram favas contadas!

depois passo para 45%
Passou*

Carlos Aguiar ®
Felipe Pessoa de Albuquerque
As operações tem que ficar independentes mesmo, até que os organismos reguladores (CADE) a aprove de forma definitiva, com ou sem restrições. Abraços

Agora é esperar pra ver no que ela vai fazer com a Neobus se fará como fez com a Ciferal

Alberto Souza do Nascimento
Exatamente. Vale lembrar que a Induscar (Caio) quis comprar o parque fabril da Busscar e foi impedida pelo CADE. Seria uma boa para dar uma chacoalhada no mercado. Gosto muito da Marcopolo, mas não gosto muito da ideia de monopolização do setor.

Carlos Aguiar ®
Parece que não tem jeito, do mesmo modo que na fabricação de aviões, nas empresas aéreas, o modal rodoviário trilha o mesmo caminho, ou seja, uma concentração grande, tanto na fabricação, quanto na operação, com algumas empresas tradicionais dando adeus ao negócio. Abraços

Diogo Dias Venuto
Tocaram nesse assunto em outra conversa que participei, mas acho pouco provável que isso aconteça. A Ciferal estava falida, já não tinha mais tradição nenhuma no setor de transporte do Brasil e a Marcopolo aproveitou para comprá-la não com intenção de meramente extinguir a marca, uma vez que era o que podemos chamar de "cachorro morto", mas acredito que essa aquisição foi mais com a intenção de se apropriar de um parque fabril no Rio de Janeiro sem precisar de muitos esforços para construir uma fábrica do zero.

Com a Neobus tenho quase certeza que será diferente. A Marcopolo está grande demais para o mercado nacional. Ela não pode simplesmente extinguir a Neobus, pois seria uma marca a menos no mercado e os órgãos reguladores não permitiriam.

Abraço!

Alberto Souza do Nascimento
E veja como no modal aéreo a coisa é bem mais aterrorizante, né? Em escala mundial o poder está retido nas mãos de praticamente apenas duas empresas: Boeing e Airbus. Já pensou se no modal rodoviário as coisas forem se afunilando desse jeito?

Quem sobreviveria?

Carlos Aguiar ®
O jogo está realmente pesado, tanto nos chassis, carrocerias e operadoras. Creio eu que até a resolução da ANTT ser totalmente implementada, alguns ainda irão sair do jogo. Abraços

Carlos Aguiar ®
A Neobus vai se posicionar mais ou menos como a Volare na holding da Marcopolo, ou seja, com representantes, engenharia e outras coisas independentes da empresa chefe do grupo.

Mas vale lembrar, meu caro Alberto Souza do Nascimento, que o maior responsável pela ascensão de queda de uma marca, num cenário menor, são os próprios empresários e, num cenário maior, o próprio mercado. Quem é o responsável pelo sucesso da Marcopolo, mesmo lançando no mercado um produto que não era dos mais confiáveis com a Geração 7? Tudo bem que a Busscar estava em um momento grave de crise, mas a Comil sempre foi uma opção, tanto que existe há mais de 30 anos.

Mas o discurso de que os produtos Marcopolo são melhores na revenda, são tradicionais, tem história, tem espaço no mercado, etc etc etc, fez com que essa geração fosse um fenômeno de vendas desde seu lançamento em 2009. Aliado a isso um pós venda eficiente, vários representantes distribuídos em todo o país e a solução dos problemas de maneira um tanto rápida, faz com que seus clientes optem por ela mesmo já não sendo "aquela coca-cola toda".

Abraço!

Uma preocupação nesse caso, Jovani Cecchin, nem seria tanto o portfólio de rodoviários, já que a Neobus agora que deslancha com um modelo de alto padrão. Isso dá pra Marcopolo administrar tranquilamente. Mas vale lembrar que há muitos aos a Neobus é líder no mercado de micros, o que vai de encontro com a própria Volare, que foi a resposta da Marcopolo para tentar frear a liderança da Neobus. Vamos ver como elas se comportarão de agora em diante.

Abraço!

Carlos Aguiar ®
Preço e tempo de saída fazem realmente a diferença, não dá para perder muito valor e ser difícil a saída do veículo da frota quando completa seu ciclo, e isso com certeza é que esta fazendo a diferença a favor dela. Abraços

Alberto Souza do Nascimento
Sim e isso só tende a se agravar com o cenário atual mais exigente quanto à idade média da frota. As empresas já compram um ônibus pensando na venda. E se esse produto for valorizado na hora de fechar esse ciclo, como você bem colocou, certamente essa marca sairá na dianteira.

É aquela coisa, as tendências de mercado sempre seguem valorizando quem já está na frente e prejudicando quem vem mais atrás. Agora, não sei o que aconteceu nos bastidores para que essa transação comercial viesse a acontecer justamente num momento tão especial para a Neobus, lançando um produto de qualidade no mercado, começando a conquistar grupos bastante tradicionais e ganhando visibilidade no mercado nacional. Parece muito com aquele ditado "nadar muito para morrer na praia".

Será que tem a ver com o capital investido pela Marcopolo, principalmente em tecnologia, para que esse produto fosse alçado com força no mercado?

Fica a dúvida!

A verdade é que não há o que argumentar nesse caso ou qualquer outro do tipo. A principal consequência será: AUMENTO DE MONOPÓLIO. É assim em qualquer outro mercado e no carrocerias não será diferente. O processo todo mundo sabe: começam com essa conversa fiada de que vão manter as duas marcas para trocar experiência e tal, aí depois vai consumindo a outra marca até que não sobre nem os ossos. A Ciferal (não) está aí pra todo mundo ver. Vejam o que aconteceu no setor aéreo, foi a mesma coisa e a conversa inicial de boa vizinhança era essa mesma. É triste mas temos que nos acostumar de que daqui a alguns anos vamos andar 95% em viaggio, audace e paradiso e se chorar vai ter mais.

Carlos Aguiar ®
Tu acha que a Comil pode comprar a Mascarello algum dia? Apesar que os donos são parentes né?